Ao tecido quadrangular de Mondrian,
que veste as cadeiras de pau delicado,
puxa-se o mecanismo que se solta amanhã,
de ferro dobrado pintado de encarnado.
Edifício de base amarela, barro velho,
pátina verde que cobre o tempo passado,
passando a fronteira, irrompendo o telho,
todo o objecto é belo quando está parado.
Par de bicos de galinhas picam o chão,
num quadro enormemente pintado de branco,
num cenário cinzento sob o azul de Verão,
atrasa o tempo ecuménico, mas tanto, tanto.
Mas há quem encontre beleza entretanto,
de olho desperto e centrado num quem,
dos desencontros gerados pelo vento,
de quem está sentado à espera de alguém.
Sunday, 12 July 2009
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