Thursday 16 July 2009

Dança da explosão

Este leite que sabe a pickles,
amargo pela minha dentada leve,
a carica que tirei com os dentes,
e deixei-o azedar poisado sobre a pedra.

Porque decidi dançar na cozinha,
onde o som reflecte melhor no mosaico,
deixei a frigideira cair de repente,
espalhando-se como um grito laico.

Atiro os pratos com coragem para o chão,
porque ninguém me tira do corpo a arrítmia,
como se todos os planetas tivessem incluídos na explosão,
por se ter cortado o contínuo e obtido a desarmonia.

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