Neste buraco escuro e oblongo,
existente no meio da estrada,
de pedrinhas de alcatrão soltas,
onde se espera que te leve a algum lado.
Várias feridas crias nos teus braços,
numa atitude de descoberta desbravas,
não reclamas, nem sabes o que te faz
todas estas cicatrizes que te marcam.
Eu sou mais do que aquilo que tu vês,
aparento ser aquilo que não queria,
mas o contrário cria-se muitas vezes
quando o que quero é a tua companhia.
Esta não é a forma do meu coração,
estas marcas não são da minha cara,
quem me conhece melhor é o meu cão,
porque vê para além desta máscara.
Ele consegue descobrir o caminho,
daqueles que se perdem e vivem apavorados,
porque ele conhece muitos lugares,
sem se quer alguma vez ter lá estado.
Monday, 27 July 2009
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment