A mosca que esvoaça sobre alguém,
paira sobre um corpo consumido,
que se encontra esgotado sobre a mesa,
parado no tempo, embebido em whisky.
A mosca poisa sobre a cabeça,
pisa-o freneticamente, mas não se mexe,
a mosca farta de tentar incomodá-lo,
parte à procura de outro ponto de interesse.
A mosca, sempre comparada com porcaria,
seja aonde poisa, seja na cena de um crime,
a mosca é sinal de decomposição,
aponta para coisas que sempre fugimos.
A mosca que poisa sobre a teia,
comete um grande erro, agora treme para fugir,
mas não existe salvação possível,
a mosca poisou sobre uma morte prometida.
Wednesday, 26 November 2008
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