No meu primeiro dia,
subi as escadas cheia de vida,
um adulto se erguia em mim,
preparado para a luta continua.
Vestido a rigor,
para querer imitar os adultos,
de colarinho firme e imaculado,
com um rosto brilhante e barbeado.
Apresentei-me, sentei-me,
rodei-me de trabalho,
a novidade trazia a excitação,
própria do momento criado.
Tudo mudou quando uma bomba explodiu,
cheia de sede de vingança,
a minha alegria sumiu,
inocência própria da criança.
Do meu entusiasmo,
o pânico foi criado,
o meu colarinho manchado,
o meu sorriso transformado.
O cheiro a chão queimado
ergueu-se pelo ar,
résteas de papel queimado
dificultava-me a respirar.
Em pânico, partiram-se janelas,
sacudiu-se panos,
do inóspito gerou-se tristezas,
a minha alma secou-me os olhos.
O meu primeiro dia,
tornou-se diferente,
o futuro que podia ter,
foi travado pelo presente.
De repente tudo parou,
gritos, foi a última coisa que ouvi,
sem perceber donde começou,
caí sem conhecer o fim.
Agora escrevo este poema,
sentado numa nuvem do céu,
olho para o local onde estava
e choro por quem morreu.
Monday, 28 April 2008
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