Monday 7 February 2011

Eu preciso o que não temos.

Eu não discuto o artigo, mas é escusado arranjarem desculpas externas à situação actual do país. O problema de Portugal deve-se à falta de visão política dos governantes, ao facto de ser deputado é ter emprego para o resto da vida, e não a ...factores extra-terrestres. Ser-se deputado, ministro, ou primeiro-ministro devem ser cargos transitórios de serviço social e náo emprego vitalício. O que está a estragar este país é existirem políticos que se auto-proclamam como doutores Honoris-Causa da ordem do Infante Dom Henrique mas que na realidade apenas sofrem de miopia governativa, tudo a favor dos interesses que defendem.

Eu não preciso de um padeiro filósofo, eu preciso de um padeiro que saiba fazer pão.

Eu não preciso de um novo museu dos coches, quando os outros estão vazios.

Eu não preciso de um TGV, enquanto andam a fechas as outras linhas férreas.

Eu não preciso de políticos que parecem os actores das novelas brasileiras. Aonde nós os vemos a entrarem como adolescentes e a sairem de lá quando estão velhotes.

Eu não preciso de jornalistas que semeiam a disordem com erros ortográficos para venderem papel e justificarem o seu emprego.

Democracia não é fazer aquilo que me apetece e ninguém diz nada.

Democracia não é cada um por si, e o mais esperto é que se safa.

Eu preciso de ordem, de um país onde a justiça funciona, aonde as instituições estatais funcionam e não dêm prejuízo, de pessoas com visão política e com boa vontade social.

Eu preciso de cultura, de solidariedade social. Eu preciso de respeito por todas as pessoas e pelas suas profissões.

Eu preciso daquilo que não temos e nunca teremos.

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