Estava deitado na praia,
perdido por entre grãos de areia,
escondido numa enseada,
apareceu-me uma sereia.
Pele de feitiço dourado
apoiou-se na minha beira,
olhei para ela de lado,
pensei que fosse da soleira.
Mas o cheiro a água salgada
provava que não era ilusão,
as palavras ditas do nada
vieram de alguém, não vieram do chão.
De pálpebras bem levantadas
olhou-me de forma singela,
pediu-me um beijo na cara,
pediu-me que fosse com ela.
Acordei na noite gelada,
reparei que era um sonho,
há anos que não tenho nada
a não ser trabalho enfadonho.
Sunday, 20 December 2009
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