Que bonecas de porcelana,
eu falo com muito espanto,
tão bonitas, tão exóticas,
tão perfeitas num só sítio.
Que surpresa que são,
até me faz suar as estopinhas,
por serem tão curvas,
tão subliminarmente lindas.
São a extravagância poupada,
só dei 30 euros por elas,
mas levam-me a sonhos ilimitados,
a caminhos esotéricos e misteriosos.
Livre é a palavra que transmitem,
mesmo no silêncio sei que dão
a liberdade extemporânea,
mas curta e profunda.
Vou poisá-las neste móvel,
porque posso olhar para elas
e cada vez que quiser ser livre,
vou buscá-las e segurá-las.
Só espero que isto
não se torne num vício,
e que a liberdade consiga
sem este par de meninas.
Tuesday, 8 June 2010
Friday, 4 June 2010
Tuesday, 1 June 2010
Schönbrunn
Se calhar fomos feitos para estar no papel,
no ar, no eterno ar que respiramos,
e apenas comunicarmos por intenções
e sonhos de querermos nos encontrar.
Nestas pedrinhas molhadas deste jardim,
guardado por um conjunto de mulheres aladas,
que protegem-nos da realidade a preto e branco,
e que nos indica que ainda podemos sonhar.
Há esperança, sempre houve,
por muito que nos queiram negar,
há coisas que nunca acabam,
e uma delas é o amor que está no ar.
no ar, no eterno ar que respiramos,
e apenas comunicarmos por intenções
e sonhos de querermos nos encontrar.
Nestas pedrinhas molhadas deste jardim,
guardado por um conjunto de mulheres aladas,
que protegem-nos da realidade a preto e branco,
e que nos indica que ainda podemos sonhar.
Há esperança, sempre houve,
por muito que nos queiram negar,
há coisas que nunca acabam,
e uma delas é o amor que está no ar.
Saturday, 22 May 2010
Nepal
Meu pássaro da beleza
que aterras na superfície
lisa como toda a certeza
do calor que encendeia.
Razoabilidade, não a vejo,
como não vejo um céu escuro,
meia ponte que não termina
no sânscrito desta aldeia.
que aterras na superfície
lisa como toda a certeza
do calor que encendeia.
Razoabilidade, não a vejo,
como não vejo um céu escuro,
meia ponte que não termina
no sânscrito desta aldeia.
Thursday, 13 May 2010
Bala mágica
Os humanos são sádicos,
não há nada a contar sobre eles,
adoram matarem-se uns aos outros,
ficam felizes ao verem os outros sofrerem.
Tomei o caminho da privação,
parece ser o mais sensato a tomar,
quando desconfiamos do próximo,
é no silêncio que devo ficar.
Deram 2000 mil homens para a guerra,
fecharam a porta a 6000 mil familiares,
por um, pagaram os milhares que estão em terra,
e cravaram a dor em todas as amizades.
não há nada a contar sobre eles,
adoram matarem-se uns aos outros,
ficam felizes ao verem os outros sofrerem.
Tomei o caminho da privação,
parece ser o mais sensato a tomar,
quando desconfiamos do próximo,
é no silêncio que devo ficar.
Deram 2000 mil homens para a guerra,
fecharam a porta a 6000 mil familiares,
por um, pagaram os milhares que estão em terra,
e cravaram a dor em todas as amizades.
Friday, 7 May 2010
Recomeço
A noite caia por entre as estrelas,
as pedras das calçadas continuam iguais,
mas a janela da cave assobiava
uma cantiga doce, suave e bela demais.
Perdido nos problemas de casa,
coberto de dívidas intermináveis,
esqueci-me do que me rodeava,
anos perdidos em sonhos sofismáveis.
Esperava por ilusões não concretizáveis,
como os passeios à beira mar de mão dada,
sentarmo-nos no meio dos campos de trigo,
colhermos sonhos e plantarmos contos de fada.
Esqueci-me que o papel é para cartas de amor,
e não é para ser usado para separar casados,
para oficializarmos o virar de costas permanente,
para começar uma luta que não irá a algum lado.
Comecei a desconfiar dos que me rodeavam,
parece que a felicidade encontrou outra estalagem,
nada me pertence, tudo me passa ao lado,
zarpei numa viagem sem sentido de paragem.
Caminho para descarregar toda a raiva,
descontrolado e a lutar para me aguentar,
tudo se tornou numa luta de sobrevivência,
sou um ponto perdido a boiar num imenso mar.
Mas desta noite guardo o simples assobio,
da música e da canção excelentemente cantada,
posso não ter nada mas tenho o princípio,
a atenção vinda pelo ar de uma noite passada.
as pedras das calçadas continuam iguais,
mas a janela da cave assobiava
uma cantiga doce, suave e bela demais.
Perdido nos problemas de casa,
coberto de dívidas intermináveis,
esqueci-me do que me rodeava,
anos perdidos em sonhos sofismáveis.
Esperava por ilusões não concretizáveis,
como os passeios à beira mar de mão dada,
sentarmo-nos no meio dos campos de trigo,
colhermos sonhos e plantarmos contos de fada.
Esqueci-me que o papel é para cartas de amor,
e não é para ser usado para separar casados,
para oficializarmos o virar de costas permanente,
para começar uma luta que não irá a algum lado.
Comecei a desconfiar dos que me rodeavam,
parece que a felicidade encontrou outra estalagem,
nada me pertence, tudo me passa ao lado,
zarpei numa viagem sem sentido de paragem.
Caminho para descarregar toda a raiva,
descontrolado e a lutar para me aguentar,
tudo se tornou numa luta de sobrevivência,
sou um ponto perdido a boiar num imenso mar.
Mas desta noite guardo o simples assobio,
da música e da canção excelentemente cantada,
posso não ter nada mas tenho o princípio,
a atenção vinda pelo ar de uma noite passada.
Sunday, 2 May 2010
Alguém viu o meu amor?
Na espuma do banho, perdida no frio da água,
vê o reflexo do corpo pelos azulejos,
na esperança que o seu amor reviva,
na esperança de ser banhada pela auto-estima.
Aonde é que ela perdeu o seu amor,
como é que tudo isto lhe aconteceu.
qual foi o dia em que a faca cortou,
donde veio, porque é que nunca reparou.
Quando foi a última vez que andou de bicicleta
pelo parque passeando por entre balões,
como as recordações lhe trazem tantas saudades,
como a realidade se tornou em desilusões.
Agora procura agarrar a beleza que tinha,
perdida na rua, deita-se num banco porco,
sonha na companhia de whisky ás 3 da manhã,
o seu maior desejo é perder o seu corpo.
vê o reflexo do corpo pelos azulejos,
na esperança que o seu amor reviva,
na esperança de ser banhada pela auto-estima.
Aonde é que ela perdeu o seu amor,
como é que tudo isto lhe aconteceu.
qual foi o dia em que a faca cortou,
donde veio, porque é que nunca reparou.
Quando foi a última vez que andou de bicicleta
pelo parque passeando por entre balões,
como as recordações lhe trazem tantas saudades,
como a realidade se tornou em desilusões.
Agora procura agarrar a beleza que tinha,
perdida na rua, deita-se num banco porco,
sonha na companhia de whisky ás 3 da manhã,
o seu maior desejo é perder o seu corpo.
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