A terra gira ao contrário,
um negro quasi-interrogatório,
a minha morte pelo mistério,
coberto por falso laudatório.
Estou alegre por viver,
e triste por estar sózinho,
que me atrai com saudade,
para um ciclo infinito.
Adoecido pela contradição,
agarrado à cama da modorra,
preso por detrás de vitrais,
que me mantêm em coma.
Os anos passam a fio,
os ecos saiem das catedrais,
é o elogio do repique do sino,
de quem vive no meio de ideais.
A escolha livre e própria,
só me aproxima do vazio,
a constante tendência fria,
por caminhos sem desígnio.
No comments:
Post a Comment