A tua gordura forma folhos
de uma nudez em dias de novena,
saltas para a água calma,
em plena tarde de açucenas.
Ela abraça-te no que pode,
no que tu consegues deixar,
e o teu corpo então sente,
a natureza e o seu olhar.
Apertas o peito para provocar,
auréolas lunares reflectem no céu,
a corrente leva-te devagar,
o pudor que se encontra ao léu.
Secas-te ao sol como um lagarto,
deixas que o sal se cole à tua pele,
o vento não move as agulhas do pinheiro,
mas tu adoras aquele homem reles.
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