O amor está morto filhos da puta,
já não há chuva que caia em nós
nem sinceridade simplesmente pura.
Tudo paira sobre a desconfiança,
a inveja de quem tem um bolso maior,
e ser um porco a cagar sobre a alma gémea.
No amor precisa-se sacrifício,
aqui ninguém se sacrifica por nada,
até vendem a mãe ao diabo para se safarem.
Passam por cima dos corpos jazidos no chão,
tiram-lhes a carteira para ver se têm dinheiro,
não têm respeito por ninguém, só amor ao vintém.
A honra da palavra?! Que estupidez.
A única esperteza que têm é querer furar.
Para onde eles vão? Apenas querem se safar.
Derretem-se em sorrisos postiços,
mas que ninguém lhes toque na carteira,
mudam até a lei para que a mentira se torne verdadeira.
Rebolam-se sobre as pérolas do suor de todos os trabalhadores,
atiram pela janela a comida que não querem,
e lá fora sobrevivem os esqueletos ignorantes.
Tudo está perdido e a morrer à fome estão as pessoas
até que as almas se cansem e nova revolução se levante,
e arranque a cabeça destes administradores arrogantes.
Wednesday, 17 February 2010
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