Meu pássaro da beleza
que aterras na superfície
lisa como toda a certeza
do calor que encendeia.
Razoabilidade, não a vejo,
como não vejo um céu escuro,
meia ponte que não termina
no sânscrito desta aldeia.
Saturday, 22 May 2010
Thursday, 13 May 2010
Bala mágica
Os humanos são sádicos,
não há nada a contar sobre eles,
adoram matarem-se uns aos outros,
ficam felizes ao verem os outros sofrerem.
Tomei o caminho da privação,
parece ser o mais sensato a tomar,
quando desconfiamos do próximo,
é no silêncio que devo ficar.
Deram 2000 mil homens para a guerra,
fecharam a porta a 6000 mil familiares,
por um, pagaram os milhares que estão em terra,
e cravaram a dor em todas as amizades.
não há nada a contar sobre eles,
adoram matarem-se uns aos outros,
ficam felizes ao verem os outros sofrerem.
Tomei o caminho da privação,
parece ser o mais sensato a tomar,
quando desconfiamos do próximo,
é no silêncio que devo ficar.
Deram 2000 mil homens para a guerra,
fecharam a porta a 6000 mil familiares,
por um, pagaram os milhares que estão em terra,
e cravaram a dor em todas as amizades.
Friday, 7 May 2010
Recomeço
A noite caia por entre as estrelas,
as pedras das calçadas continuam iguais,
mas a janela da cave assobiava
uma cantiga doce, suave e bela demais.
Perdido nos problemas de casa,
coberto de dívidas intermináveis,
esqueci-me do que me rodeava,
anos perdidos em sonhos sofismáveis.
Esperava por ilusões não concretizáveis,
como os passeios à beira mar de mão dada,
sentarmo-nos no meio dos campos de trigo,
colhermos sonhos e plantarmos contos de fada.
Esqueci-me que o papel é para cartas de amor,
e não é para ser usado para separar casados,
para oficializarmos o virar de costas permanente,
para começar uma luta que não irá a algum lado.
Comecei a desconfiar dos que me rodeavam,
parece que a felicidade encontrou outra estalagem,
nada me pertence, tudo me passa ao lado,
zarpei numa viagem sem sentido de paragem.
Caminho para descarregar toda a raiva,
descontrolado e a lutar para me aguentar,
tudo se tornou numa luta de sobrevivência,
sou um ponto perdido a boiar num imenso mar.
Mas desta noite guardo o simples assobio,
da música e da canção excelentemente cantada,
posso não ter nada mas tenho o princípio,
a atenção vinda pelo ar de uma noite passada.
as pedras das calçadas continuam iguais,
mas a janela da cave assobiava
uma cantiga doce, suave e bela demais.
Perdido nos problemas de casa,
coberto de dívidas intermináveis,
esqueci-me do que me rodeava,
anos perdidos em sonhos sofismáveis.
Esperava por ilusões não concretizáveis,
como os passeios à beira mar de mão dada,
sentarmo-nos no meio dos campos de trigo,
colhermos sonhos e plantarmos contos de fada.
Esqueci-me que o papel é para cartas de amor,
e não é para ser usado para separar casados,
para oficializarmos o virar de costas permanente,
para começar uma luta que não irá a algum lado.
Comecei a desconfiar dos que me rodeavam,
parece que a felicidade encontrou outra estalagem,
nada me pertence, tudo me passa ao lado,
zarpei numa viagem sem sentido de paragem.
Caminho para descarregar toda a raiva,
descontrolado e a lutar para me aguentar,
tudo se tornou numa luta de sobrevivência,
sou um ponto perdido a boiar num imenso mar.
Mas desta noite guardo o simples assobio,
da música e da canção excelentemente cantada,
posso não ter nada mas tenho o princípio,
a atenção vinda pelo ar de uma noite passada.
Sunday, 2 May 2010
Alguém viu o meu amor?
Na espuma do banho, perdida no frio da água,
vê o reflexo do corpo pelos azulejos,
na esperança que o seu amor reviva,
na esperança de ser banhada pela auto-estima.
Aonde é que ela perdeu o seu amor,
como é que tudo isto lhe aconteceu.
qual foi o dia em que a faca cortou,
donde veio, porque é que nunca reparou.
Quando foi a última vez que andou de bicicleta
pelo parque passeando por entre balões,
como as recordações lhe trazem tantas saudades,
como a realidade se tornou em desilusões.
Agora procura agarrar a beleza que tinha,
perdida na rua, deita-se num banco porco,
sonha na companhia de whisky ás 3 da manhã,
o seu maior desejo é perder o seu corpo.
vê o reflexo do corpo pelos azulejos,
na esperança que o seu amor reviva,
na esperança de ser banhada pela auto-estima.
Aonde é que ela perdeu o seu amor,
como é que tudo isto lhe aconteceu.
qual foi o dia em que a faca cortou,
donde veio, porque é que nunca reparou.
Quando foi a última vez que andou de bicicleta
pelo parque passeando por entre balões,
como as recordações lhe trazem tantas saudades,
como a realidade se tornou em desilusões.
Agora procura agarrar a beleza que tinha,
perdida na rua, deita-se num banco porco,
sonha na companhia de whisky ás 3 da manhã,
o seu maior desejo é perder o seu corpo.
Wednesday, 31 March 2010
Commuting to home
The sky that darks the street
the cars lit the headlights
the fog that hides the hail
It's dark my heart, you see.
The temperature cold freezing
it's unbearable to be here
the coats that pass dripping
It's dark my heart, you see.
It's the end of the evening,
the tube is full of people
the streets are jamming,
It's dark my heart, you see.
It's one hour traveling,
seeing the near houses passing,
the landscape is messing
the leftovers of my brain, you see.
In the most hidden corner
I'm outside of our building,
I'm finally next to you,
It's light my heart, you see.
All hail, I'm home, I'm entering.
the cars lit the headlights
the fog that hides the hail
It's dark my heart, you see.
The temperature cold freezing
it's unbearable to be here
the coats that pass dripping
It's dark my heart, you see.
It's the end of the evening,
the tube is full of people
the streets are jamming,
It's dark my heart, you see.
It's one hour traveling,
seeing the near houses passing,
the landscape is messing
the leftovers of my brain, you see.
In the most hidden corner
I'm outside of our building,
I'm finally next to you,
It's light my heart, you see.
All hail, I'm home, I'm entering.
Thursday, 25 March 2010
Jogo de arcada
Este jogo de arcada,
a sensação dos anos 80,
onde o joystick se dominava,
agora é posta de parte.
Perdida numa sala fechada,
numa rua perdida no barulho,
os néons apagaram-se,
as pessoas passam ao lado.
Os canos pingam ao som dos passos
do escritório de cima,
onde é que ponho a moeda,
onde a ligo à tomada?
Bato no contraplacado
para o ecrã acender,
abano-a para acordá-la,
como posso reavivá-la?
Agarro o manípulo, carrego no botão,
preparo-me para a viagem,
o sonho que a moeda cria,
levanto vôo e esqueço da aterragem.
a sensação dos anos 80,
onde o joystick se dominava,
agora é posta de parte.
Perdida numa sala fechada,
numa rua perdida no barulho,
os néons apagaram-se,
as pessoas passam ao lado.
Os canos pingam ao som dos passos
do escritório de cima,
onde é que ponho a moeda,
onde a ligo à tomada?
Bato no contraplacado
para o ecrã acender,
abano-a para acordá-la,
como posso reavivá-la?
Agarro o manípulo, carrego no botão,
preparo-me para a viagem,
o sonho que a moeda cria,
levanto vôo e esqueço da aterragem.
Wednesday, 24 March 2010
Música, minha amante
A música, minha companheira do meu ser,
com quem eu quero estar todos os dias,
mesmo que me dê prejuízo e tristezas,
é e será sempre a minha amante e mulher.
A canção é uma celebração, um elogio,
uma declaração de amor sincera,
algo que canto, escrevo e assobio,
e aceno para que ela não me esqueça.
Mas ela vai virar a cara novamente,
e eu vou continuar a escrever-lhe cartas
e vou continuar a declamar poemas. Porquê?
Porque é assim e eu a amo infinitamente.
com quem eu quero estar todos os dias,
mesmo que me dê prejuízo e tristezas,
é e será sempre a minha amante e mulher.
A canção é uma celebração, um elogio,
uma declaração de amor sincera,
algo que canto, escrevo e assobio,
e aceno para que ela não me esqueça.
Mas ela vai virar a cara novamente,
e eu vou continuar a escrever-lhe cartas
e vou continuar a declamar poemas. Porquê?
Porque é assim e eu a amo infinitamente.
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