À espera de ser encontrado

As nuvens cortam o céu da terra,
partindo o meu coração em bocados,
sinto a sociedade da indiferença
condenando-me pelos meus atrasos.

Injectam-me choques eléctricos,
a forçarem-me o que não sou,
depois condenam-me por não estar
no lugar aonde não estou.

Motoserras no meu cérebro
dados por ignomínias do pensamento,
que gozam com a minha cara,
por não conseguir aqueles momentos.

Senhores doutores da ignorância,
que me atiram para uma poça de lodo,
que procuram agrilhoar-me em medos,
gerados por incompetentes abençoados.

Não estou aqui e não estou ali,
estou suspenso num tempo parado,
flutuando entre os dias
à espero de ser encontrado.

Estás atrasado! Trabalha atrasado!
Ahahahahah.....