Friday 6 April 2012

A derradeira batalha

Porque é que eu não posso amar a Ana, a Sofia, a Mariana, a Anabela, a Paula, a Teresa, a Susana, se todas elas são belas. Até a mulher mais feia, não deixa de ser bela. Bela Ana, bela Sofia, bela o resto, bela a peixeira que mostra uma virilidade masculina, bela a jardineira que mostra sentimentos de protecção, bela a vendedora de chás que mostra a preocupação pelos outros, bela a naturista que se identifica com a mãe natureza.

A beleza nasce com a mulher, nasce dentro do ventre da mãe. Ninguém sabe em que ano a beleza nasceu, mas ela procria-se silenciosamente por cada menina que nasce.

Já estou cansado do elogio à beleza por si só, sem qualquer contexto, mas eu preciso vê-la diariamente. Sem ela, eu estava louco, entediado, com tremuras de frio, e ataques de pânico. A beleza é um elemento vital para mim, tal como dormir. O dia em que não reconheça mais a beleza, é como dizer que nunca mais dormi, e lentamente morrerei.

Os supostos intelectuais que cruzam a pernas e contorcem-se nas cadeiras, distinguem a beleza da estética. A mulher não é estética, é cruelmente bela, tal como a natureza.  Quem não tem desejos selvagens de ser envolvido num turbilhão de beleza. Que belas pernas, que belas costas, que bela face, que belo cú, todas estas descrições selvagens vêm dos seres mais selvagens e rudes que existem, e rapidamente poluem a mente agressiva e guerreira do homem.

Nestes tempos modernos, somos Vikings sedentos de mulher, sedentos de beleza. Já não se conquista países. A derradeira batalha é conquistar uma mulher.






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