Thursday 31 December 2009

Aldeias esquecidas

No meio de tantos passos, assobios e levezas,
a finura de quem olha para isto
e finge que são grinaldas de malmequeres
bordados nos beirais de paredes de xisto.

São apenas franjas de aldeias esquecidas,
lugares deslocados e perdidos no tempo,
são estradas fantasmas que nos atraem
até às résteas de pedras caídas pelo vento.

Outrora aquecidas por mãos alegres e festas,
apenas encontro um cão a esgravatar o lixo,
veio de um acaso tal como eu apareci,
perdido do perdido, do país e do sítio.

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