Wednesday 8 July 2009

À noite

A noite escurece,
as árvores grilam,
o vento morre,
a lua floresce.
As ideias surgem,
as estrelas brilham,
as barreiras morrem,
a palavra profere-se.
Os olhos trocam-se,
os lábios sibilam,
o copo tapa,
o que está descoberto.
A liberdade aparece
numa noite vazia,
tudo se junta,
por um riso dito.
A tua sombra chama-me,
apaixono-me por ela,
é um caminho livre,
sem qualquer sentinela.
Os olhos gotejam,
os degraus levam-nos
junto ao infinito,
onde as nuvens vivem,
as estrelas existem,
o mundo melhora,
a paz se mostra
sem qualquer medo,
e tudo brilha
até à eternidade,
tal como o sol.
Não há sorte que dite,
ou que lance barreiras,
dentro de um homem
nunca há fronteiras.
Pelo futuro encontro,
pela virilidade que sobe,
pelo orgulho de quem luta,
por uma causa nobre.

No comments: