Wednesday 18 February 2009

Paragem no tempo

Quando as palavras perdem-se,
o significado imiscui-se por entre sinais,
quando os sentimentos confudem-se,
não me parece que seja uma questão menor.
É como estar no meio de um pinhal,
em pleno escaldante Agosto,
quando a vida pára sem termo,
por não entendermos o deserto que nos envolve.

Chuto na pedra para animar o tempo,
mas rapidamente o silêncio aparece,
grito a qualquer um que me possa ouvir,
mas os pinheiros ressoam-me ao sabor do vento.
Não sei o que faça mais para me entreter,
porque não tenho ninguém que olhe para o mesmo que eu
até o meu próprio amigo fugiu,
por encontrar o caminho mais depressa do que eu.

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