Thursday 27 March 2008

Vilancete da mulher

Irmã, preciso dos teus conselhos,
da minha boca só sai tédio,
nas palavras, ninguém me leva a sério.

Procuro ser o mais delicado,
mas de tanta delicadeza só sai desastre,
é um embaraço que se haste
que no fim saio cansado,
feito num trapo esfarrapado
e já ninguém me leva a sério.
Sou um grande tédio.

Irmã, preciso dos teus conselhos,
preciso de um conselho de mulher,
preciso do teu saber.

Sou um desastre entre esses seres,
de tanto cuidado, elas fogem,
as mágoas de amor oprimido nascem
o amor a sério nunca floresce,
o sentimento de solidão cresce,
falta-me tudo o que poderia ter.
Irmã, quando acabas por nascer?

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