Monday 4 February 2008

100 anos após o regicídio - Será que houve alguma mudança?

Estamos perante uma altura em que se comemora os 100 anos do regicídio. É interessante fazer uma comparação da nossa sociedade com a existente há um século atrás.
No início do século XX, Portugal era um país pobre. O grupo de anarquistas que apareceram no final do século XIX, estavam a ganhar mais adeptos devido à fraca condição do país. As pessoas começavam a revoltar-se pelo facto do Rei D. Carlos ter uma vida cheia de luxos e o dinheiro, a educação e o serviço de saúde só eram para os mais ricos.
Após estes 100 anos podemos dizer que, de grosso modo, o país não mudou. Continua-se com um pensamento de que quem é português deve-se habituar a ser pobre. O próprio Estado patrocina esta ideia ao distribuir quantias sociais ridículas (Eu não estou a discutir se o Estado deve continuar a ser uma instituição de solidarieda. Eu não concordo com esta ideia).
Os portugueses continuam a ser um povo bastante pobre e explorado. O Estado deveria promover o desenvolvimento da Economia e das visões, e não castrar os cidadãos portugueses com impostos ridículos. Como é possível nos países estrangeiros haver uma economia mais diversificada e fértil que em Portugal? Lá fora nascem grandes negócios que em Portugal têm morte anunciada. Se calhar, o problema não está lá fora, mas cá dentro. Em Portugal, tudo tem morte anunciada, logo mesmo antes de nascer.
O serviço médico também está cada vez pior. Se os serviços médicos já são miseráveis, agora com o fecho de alguns hospitais está cada vez pior. Para não falar da eficiência da assistência de socorro (isso também dá-me vontade de rir ás gargalhadas). Tenho é pena de quem sofre. Com certeza que não são os ministros. Esses passam à frente de todos (garagalhada nr.2).
Quando a maioria dos cidadãos portugueses lutam para sobreviverem, outros enriquecem de forma milagrosa. Portugal tem o dom de ter pessoas muito dotadas que se mostram como puritanos, inteligentes e ditadores da honestidade. Mas, não devemos esquecer que o objectivo deles é distrair as pessoas com barulho para que ninguém lhes aponte o dedo.
No século XIX havia uma grande taxa de iliteracia. Agora, continua a haver muito analfabetismo e um serviço académico que promove os burros. Está-se a caminhar para uma situação em que a escolaridade obrigatória termina na licenciatura (gargalhada nr.3). No tempo dos nossos pais e avós, uma licenciatura acabava ao fim de 5 ou 6 anos. Agora, com 4 anos é-se mestre(gargalhada nr. 4). Em vez de se aumentar a qualidade do ensino tornando-o mais difícil, esburaca-se a inteligência dos cidadãos portugueses, oferecendo graus académicos de bandeja. Não vejo mal nenhum as pessoas apenas terem a 4ª classe, o 9º ano ou o 12º ano. Apenas tem que existir emprego para todos. Não faz sentido haver um padeiro licenciado em biologia.
Eu não vejo mudanças na nossa sociedade desde há um século atrás. Na monarquia, todas as pessoas sabiam aonde se encontrava o dinheiro. Hoje em dia, ninguém sabe aonde pára o dinheiro. Que venha mais outro século igual a este!

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